A resposta é sim, a periodontite é uma doença oral muito grave que atinge uma taxa muito grande entre os adultos, 50% sofrem com a periodontite, número assustador, porém muito comum. Conhecida como piorréia, trata-se de uma doença infecciosa e bacteriana, que pode levar a perda dos dentes.
Segundo matéria publicada pela agência Fapesp (agencia.fapesp.br) em 18/03/2021, isso ocorre porque pais com periodontite transmitem para os filhos as bactérias que podem causar a doença no futuro.
Essa é a principal conclusão de um estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado na Scientific Reports.
A periodontite é uma inflamação que atinge o tecido entre os dentes e a mandíbula (periodonto), infeccionando as gengivas que sangram e resultam em mau hálito. Em casos graves, leva à perda óssea e de dentes.
Se as bactérias ou microrganismos que causam a doença chegarem à corrente sanguínea, também podem desencadear outros tipos de inflamação no organismo. O tratamento vai desde a limpeza do local feita por dentistas até o uso de anti-inflamatórios e antibióticos.
“O microbioma oral dos pais é um determinante da colonização microbiana subgengival de seus filhos (…). Além disso, essa microbiota disbiótica adquirida por crianças de pacientes com periodontite em uma idade precoce é resiliente a mudanças, e a estrutura da comunidade é mantida mesmo após o controle do estado de higiene”, escrevem os pesquisadores na conclusão do estudo Parents with periodontitis impact the subgingival colonization of their offspring.
Segundo a cirurgiã-dentista Mabelle de Freitas Monteiro, primeira autora do artigo, a pesquisa é resultado de dez anos de trabalho do grupo, que vem acompanhando pais com a doença e o impacto na saúde dos filhos.
“Trazendo o estudo para o dia a dia dos consultórios, é possível dizer que ele ajuda a traçar abordagens mais diretas. Isso porque se o cirurgião-dentista entender que a doença periodontal pode afetar a família do paciente é possível trabalhar a prevenção, com chance de diagnosticar precocemente a doença e reduzir eventuais sequelas”, afirma Monteiro, que recebeu apoio da FAPESP por meio de dois projetos (16/03704-7 e 16/19970-8).
Diagnóstico e tratamento precoce essa é a indicação, porém mesmo com diferentes tratamentos nas crianças, esses microrganismos permanecem na cavidade bucal. Isso reforça a necessidade de prevenção desde o primeiro ano dos bebês para tentar evitar o desenvolvimento da doença.
Na periodontite a única coisa a se fazer para evitar o aparecimento dela é a PREVENÇÃO! Trata-se de uma doença comum e silenciosa. Portanto qualquer suspeita, alteração nas gengivas e nos dentes deve-se procurar um dentista para fazer uma avaliação.
Fonte: Agência FAPESP
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