Imagine viver toda a vida sem nunca ter uma cárie. Parece utopia? Graças ao avanço tecnológico e pesquisas odontológicas na área preventiva, essa possibilidade existe, porém, está longe de ser a regra. A cárie dentária é um dos problemas de saúde mais comuns do planeta, afetando bilhões de pessoas. Mas será que ela é realmente inevitável? Ou estamos apenas acostumados à sua presença como um mal necessário?
Nesse texto alistamos abaixo as causas, os mitos e os fatores sociais e biológicos que envolvem esse vilão chamado cárie.
Mas afinal, o que é cárie?
A cárie é uma doença infecciosa e multifatorial que causa a destruição dos tecidos que formam o dente. Ela ocorre quando bactérias presentes na boca metabolizam açúcares da alimentação, produzindo ácidos que corroem o esmalte dos dentes. Se não for tratada, a cárie pode evoluir para lesões profundas, dor, infecções e até perda do dente.
Fatores genéticos podem influenciar na formação da cárie?
Embora a má higiene bucal seja o fator mais conhecido, a genética também pode influenciar na formação de cáries. Algumas pessoas produzem mais saliva protetora ou têm dentes com composição mais resistente ao ataque ácido. Outras, por outro lado, herdaram fatores de risco que as colocam em maior vulnerabilidade, mesmo com hábitos adequados. A genética pode tornar a luta contra a cárie mais difícil — mas não impossível. O grande e doce vilão: é dieta e estilo de vida.
A relação entre o consumo de alimentos ricos em açúcar e a incidência de cáries é bem estabelecida. E não falamos apenas de doces óbvios como balas ou refrigerantes. Alimentos ultraprocessados, sucos industrializados, pães e até cereais “fitness” contêm açúcares ocultos que alimentam as bactérias causadoras da cárie.
Além disso, o estilo de vida moderno, marcado por lanches rápidos e higiene bucal apressada, contribui para o cenário. Nossas rotinas aceleradas frequentemente deixam o cuidado bucal em segundo plano.
Higiene bucal é o suficiente para a evitar o surgimento da cárie?
Escovar os dentes é essencial, claro — mas não suficiente se for feito de forma incorreta ou incompleta. Usar fio dental, visitar o dentista regularmente e aplicar flúor são atitudes indispensáveis para prevenir lesões cariosas. Ainda assim, muita gente negligencia esses cuidados, seja por desinformação ou por falta de acesso.
Existe alguma relação entre cárie e idade do paciente?
Sim, aliás a infância é uma fase crítica. Crianças que consomem muito açúcar, dormem sem escovar os dentes ou não têm acompanhamento odontológico adequado têm altas chances de desenvolver cáries precocemente.
Mais grave ainda: muitos desses pequenos pacientes continuam a vida adulta com consequências dessas lesões não tratadas — o que reforça ciclos intergeracionais de problemas bucais.
Engana-se quem pensa que cárie é “coisa de criança”. Adultos e idosos também sofrem com ela — especialmente quem usa próteses, possui retração gengival ou toma medicamentos que reduzem a salivação. A longevidade, que é uma conquista da medicina, também traz desafios adicionais à saúde bucal.
Mas afinal, cárie é inevitável ou isso é mito?
Com os cuidados certos — higiene eficaz, dieta equilibrada, visitas regulares ao dentista e acesso a políticas públicas — é perfeitamente possível passar a vida inteira sem cáries.
Mas para a maioria da população, essa combinação ideal ainda é utópica. Fatores culturais, socioeconômicos e comportamentais continuam tornando a cárie uma presença comum — e silenciosamente aceita.
Dizer que cárie é inevitável é renunciar a nossa capacidade de mudar hábitos e exigir melhores condições de saúde. O desafio não é apenas individual, mas coletivo. Se quisermos um futuro sem buracos — nos dentes e no sistema —, precisamos encarar a saúde bucal como parte essencial do bem-estar.
A Gasparini Odontologia, estabelecida na Av. Paes de Barros, 2402, no Parque da Mooca, tem como missão promover saúde bucal em todas as fases da vida e para isso, oferece os procedimentos mais eficientes e a melhor tecnologia para pacientes que procuram atendimento de alto padrão.
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